Pode não parecer, mas a maneira como lidamos com o dinheiro diz muito sobre algumas das nossas questões psicológicas mais inconscientes. E isso não é de surpreender: o dinheiro carrega uma poderosa representação social que possui diferentes significados em diferentes culturas. Assim, comportamentos relacionados a quantidade de dinheiro que temos, quanto ganhamos, como ganhamos e como gastamos estão impregnados de códigos sociais que determinam nossa imagem pública e, consequentemente, representam socialmente nossos valores básicos e nossas crenças (sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre a sociedade), indicando ainda como queremos ser percebidos publicamente.
Como aquilo que nossos comportamentos dizem sobre a gente costuma ser inconsciente (até que paramos para pensar a respeito), vamos dar uma olhada no que alguns desses comportamentos podem revelar sobre questões mais profundas.
1. A pessoa financeiramente generosa, mesmo quando não tem nem para ela
Contraditório, né? Mas esse comportamento é mais comum do que você imagina. Estas são aquelas pessoas que estão sempre sem dinheiro ou cuja vida financeira está sempre passando por altos e baixos, mas sempre que recebem algum, são rápidas em gastar e em dividir com os outros. Elas afirmam que não dão valor a dinheiro e exibem um certo orgulho por esta aparente generosidade, mas depois podem ficar ressentidas quando estão em dificuldades e ninguém vem tira-las do sufoco. O que esse comportamento pode dizer sobre a pessoa?
a. Formação reativa: Este é um mecanismo de defesa que surge pelo desejo de disfarçar um sentimento exibindo o seu oposto. Neste caso, a pessoa que afirma dar tão pouco valor a dinheiro pode estar tentando inconscientemente esconder o excessivo valor que dá ao lado material da vida, mas como nunca tem o suficiente ou por temer o julgamento social, minimiza a sua importância. Ou isso pode ser um reflexo de um pobre sentido de autoestima. Porque a forma como lidamos com o dinheiro que ganhamos e que geramos tende a estar associada ao valor que damos a nós mesmos, isto pode ser um sinal de que algo não vai bem nesta área.
b. Desejo oculto de ser cuidado pelos outros: Possivelmente associado a um desejo infantil não satisfeito (de ser o objeto de cuidado de terceiros), esta pessoa poderia estar tentando modelar para outros o comportamento que gostaria de receber deles. Ou seja, o gesto de se oferecer para cuidar das necessidades financeiras pode conter um pedido silencioso de que cuidem dela. Como dinheiro é algo que precisamos para navegar o mundo material, por que alguém (especialmente com uma vida financeira feita de altos e baixos) gastaria ou dividiria com outros todo o dinheiro que recebe, sem planejar para o futuro?
c. Medo de dinheiro: Que?? Quem tem medo de dinheiro? Mais gente do que você imagina. Não necessariamente do dinheiro em si, mas de todas as associações feitas com ter dinheiro, valorizar dinheiro, etc. Assim, o ato de distribuir ou gastar qualquer entrada financeira adicional poderia estar associada a um medo do que a prosperidade poderia significar aos olhos de terceiros em seu meio social, provavelmente devido a conceitos equivocados sobre dinheiro aprendidos ao longo da vida.
d. Preocupação com a imagem pública: Por fim, o problema pode estar relacionado à imagem que se deseja projetar: de uma pessoa generosa, de alguém rico ou poderoso, ainda que esta generosidade nem sempre esteja respaldada por fundos na conta bancária.
Qual é a maneira saudável de lidar com isso?
Apego desmedido à dinheiro não é e nunca será algo bom. Qualquer coisa com a qual nos relacionamos de forma escravizante não é saudável. Mas gostar de dinheiro é bom, saudável e desejável. Se você acredita que o dinheiro é maligno ou imoral, que corrompe as pessoas e seus valores, por que iria querê-lo em sua vida? E se nossas crenças produzem nossos comportamentos, como sabemos que produzem, o que você acha que acreditar que dinheiro é ruim irá gerar? Certamente não será abundância, isso eu posso garantir. Além disso, só as coisas onde colocamos a nossa atenção crescem e prosperam. Se você não se importa com dinheiro, sua atenção será colocada em outro lado. Com isso, você está energeticamente criando para si uma vida de falta.
2. O credor generoso
É sempre bom ter um amigo íntimo a quem possamos recorrer quando estamos passando por momentos difíceis. Amigos de verdade raramente se recusarão a nos ajudar se nossa necessidade estiver dentro de suas possibilidades. Mas algumas pessoas emprestam dinheiro até mesmo para aqueles que não são tão próximos, ou quando o empréstimo supera as suas possibilidades. Alguns, na verdade, são proativos em oferecer ajuda financeira aos outros, mesmo antes que lhe peçam, enquanto outros emprestam sem qualquer expectativa de receber o dinheiro de volta. O que poderia estar em jogo nestes casos?
a. Poder: um desejo oculto de exercer poder sobre os outros pode ser o caso, dependendo de como o credor da dívida se comporte após a transferência do dinheiro. Algumas pessoas tornam-se excessivamente presentes ao pedir o dinheiro de volta: elas podem apresentar justificativas para pedir o pagamento antecipado da dívida ou podem ficar avaliando a capacidade de pagamento da outra pessoa segundo as suas circunstâncias da vida atual e o seu comportamento de gastos. Existem aquelas, ainda, que agem com raiva ou ressentimento, como se sentissem que estão levando vantagem sobre elas enquanto outras podem nunca cobrar a dívida apenas para ter um favor pendente para reclamar em algum momento no futuro, mantendo o poder sobre a pessoa que pediu dinheiro emprestado.
b. Desejo de agradar: algumas pessoas podem querem tanto ser amadas ou necessitar tanto estabelecer com os outros uma relação de proximidade e intimidade, que podem ser rápidas em emprestar dinheiro e terríveis em cobrar o pagamento da dívida no tempo acordado, seja por medo a desagradar os outros ou por se sentirem inseguras quanto ao seu direito de cobrar a dívida. Isso ocorre porque as pessoas que desejam agradar costumam acreditar que, ao dizer não aos pedidos de terceiros ou ao estabelecer limites, não serão amadas ou valorizadas, o que é motivo suficiente para que silenciem suas próprias necessidades em favor das necessidades dos outros. No entanto, a incapacidade de estabelecer limites geralmente revela uma dificuldade em identificar o que é de responsabilidade própria e o que não é. Você percebe isso em outras áreas da sua vida também?
Qual é a maneira saudável de lidar com isso?
Ser um recurso para familiares e amigos próximos é uma virtude que não deve ser ignorada. Mas é importante notar que muitas amizades acabam quando dinheiro entra em jogo, geralmente porque as regras a respeito daquela transação financeira não ficam claras desde o início. É importante estabelecer formas e prazos de pagamento, e que as partes envolvidas não sintam vergonha de dizer ou fazer qualquer coisa relacionada à transação – tanto o credor quanto o devedor. Se houver vergonha, ressentimento ou quaisquer outros sentimentos negativos envolvidos, é melhor não entrar no negócio para evitar conseqüências indesejadas no futuro.
3. O “gente boa” que sempre toma emprestado e nunca devolve
Esta é a pessoa que sempre esquece o seu cartão de crédito / débito / dinheiro, aquela que sempre se compromete a pagar a sua parte mais tarde (do jantar, da pizza, do táxi, etc.) e nunca cumpre suas promessas, ou aqueles que afirmam não ter dinheiro para fazer parte do programa e dizem abertamente que eles irão se você pagar por eles. Assim, sem nenhum constrangimento. O que está em jogo aqui?
a. Sentir-se especial: todos somos especiais de alguma forma. Mas algumas pessoas sentem que merecem tratamento especial de todos. Não importa se quando alguém nos convida para jantar, ele ou ela está sendo generoso e devemos agir com gratidão. Esta regra pode ser válida para os outros, mas não impedirá que esta pessoa se sinta no direito de dizer "sim" a qualquer convite agregando "desde que", incluindo uma condição adicional para que você possa ter sua companhia. Exemplos possíveis incluem "desde que comamos tal comida", "desde que a gente vá a tal lugar " e "desde que depois a gente passe por aquele lugar", etc.
b. A vítima: há pessoas que, por razões além de nossa compreensão, sentem que a vida lhes deve algo e você, fazendo parte do que eles chamam de "vida", deveria "pagar sua dívida". Como eles esperam que você pague sua dívida? Ao considerar quaisquer despesas que a presença delas possa gerar como suas. Mais comum em relacionamentos próximos ou com membros da família, esta pode ser a pessoa que convida você para almoçar e na hora de pagar a conta nem toca na carteira, porque já está subentendido que, se você aceitou seu convite, a responsabilidade pela conta é sua.
c. O famoso “aba”: este é o fumante ocasional que nunca tem cigarro porque eles não fumam, mas sempre que estão com você (um fumante regular) pedem um cigarro seu para cada cigarro que você acende, porque vê-lo fumar faz eles sentirem vontade também. Ou aquela pessoa que não pede uma bebida para elas quando você pede a sua, porque elas não bebem (ou não querem beber), mas quando a sua vem, para cada gole que você toma elas tomam outro, porque ver você beber faz com que eles tenham sede - apenas não o suficiente para pedirem uma bebida para si, porque aí será "muito".
Qual é a maneira saudável de lidar com isso?
Eu posso dizer qual é a maneira saudável de lidar com isso, mas nem por isso será fácil ou indolor, porque essas pessoas não têm consciência do que fazem, o que significa que você terá que estabelecer limites. Infelizmente, você terá que dizer não quando elas te pedirem um trago ou um gole, e você terá que deixar que uma situação desconfortável emerja quando a conta chegar e o outro nem tocar na carteira. Não tem como evitar: será preciso confrontá-lo de forma assertiva, sem ser agressivo, se quiser ter um relacionamento mais saudável com a pessoa em questão. Outra maneira de lidar com essa situação (mais amplamente utilizada, reconheço) é começar a inventar desculpas para recusar convites ou situações que envolvam a presença dessa pessoa. Mas tenha em mente que, ao fazê-lo, você não somente está impedindo a pessoa de obter feedback construtivo e honesto sobre seu comportamento, como você também pode acabar como o vilão da história que abriu mão de um bom amigo sem uma boa razão. Você terá que decidir qual a opção “menos pior”.
4. O pão-duro
Sabe aquela pessoa que tem uma vida razoavelmente confortável, mas está sempre economizando dinheiro nas menores coisas, ou que é incapaz de se permitir usar seu dinheiro para qualquer coisa que esteja relacionada ao seu prazer? E aquela pessoa que está sempre negociando um desconto em cada produto que querem comprar, não importa o quão barato estes sejam? E aquela pessoa que sempre questiona o custo do serviço oferecido pelos outros, independentemente de terem dinheiro para pagar ou da necessidade daqueles que estão tentando vender? Bem, acho que todos nós conhecemos alguém assim. Difícil entender o que os leva a ter um relacionamento tão mesquinho com o dinheiro. Aqui estão algumas pistas:
a. Uma vida sexual insatisfatória: Nunca esquecerei uma cena do filme Um Divã para Dois, com Meryl Streep e Tommy Lee Jones. Eles interpretam um casal de meia idade com uma vida confortável, mas emocionalmente insatisfatória. Meryl Streep, a esposa infeliz, decide procurar ajuda profissional. Como o terapeuta que escolhe está oferecendo um workshop em outro estado, o marido reserva um lugar para ficarem por um par de semanas. Quando eles chegam ao hotel, o que vemos é um lugar pequeno, barato e desagradável, tipo de beira de estrada, cujo valor por noite está obviamente aquém das capacidades financeiras do casal. Bem, não coincidentemente, no final do filme, quando eles conseguem resgatar sua libido sexual e começam a se divertir na cama, eles começam a gastar dinheiro em bons hotéis. Por que será? Porque tanto o sexo quanto o dinheiro são representações simbólicas que estão associadas às mesmas coisas: poder, relacionamentos, desejo, etc. Tanto que não é incomum que os homens comecem a ter problemas de ereção quando estão passando por alguma dificuldade financeira. Também não é incomum que problemas de dinheiro façam surgir outros problemas no relacionamento - além do sexo - porque o dinheiro (e o poder para gera-lo) contém muito significado psicológico, tanto para homens como para mulheres. À medida que a capacidade de um casal de produzir ou gerenciar dinheiro entra em jogo, outros aspectos da personalidade do outro também são examinados, o que pode fazer com que problemas de relacionamento mais profundos emerjam.
b. Insegurança: algumas pessoas podem se sentir tão sem controle em outros aspectos de suas vidas, ou podem ter tanto medo de perder o controle, que concentram toda a sua atenção no acúmulo de dinheiro e no controle de gastos. Não só essa pode ser a única área de suas vidas onde eles exercem algum controle, mas, como disse anteriormente, o dinheiro tem uma forte representação social que geralmente está associada ao poder e ao status. Assim, algumas pessoas podem sentir que, para manter o status ou o poder, ou para ser digno de respeito social, eles precisam permanecer em um lugar de comando (e controle) financeiro.
c. Sentido distorcido de identidade: para algumas pessoas, você é o que você tem. Quando o vínculo entre quem você é e o que você possui é tão forte, você faz tudo que pode para economizar, porque gastar pode ser equivalente a perder lentamente tudo o que você é. O problema aqui é que, quando seu sentido de identidade se baseia em algo externo, ele pode ser facilmente abalado por coisas que estão além do seu controle, tornando-nos extremamente inseguros sobre nossos valores e paranóicos quanto a controle e acumulação.
d. Necessidade de poder: Claro, não podemos esquecer de mencionar a dimensão do poder que ser mesquinho pode dar àqueles que estão no controle do dinheiro. Se eu controlar cada centavo que você gasta da nossa conta conjunta, por exemplo, e se eu puder restringir seus gastos de qualquer forma, estou exercendo poder sobre você e eu estou te mantendo sob meu domínio. A questão é que esse comportamento esconde um medo profundo. Então, vale a pena perguntar: o que você teme tanto? Porque esta necessidade de controle traz muita preocupação para a pessoa que controla, o que está longe de ser reconfortante.
Qual é a maneira saudável de lidar com isso?
Às vezes, é fácil confundir quem controla quem em nosso relacionamento com o dinheiro. Aqueles que são mesquinhos e que passam a maior parte do tempo controlando cada centavo gasto (por si mesmo ou pelos outros) geralmente estão sendo controlados pelo dinheiro, mesmo que a percepção inicial seja de que eles estão no controle. Mas aqueles que realmente estão no controle são (e se sentem) livres, ao passo que essas pessoas passam suas vidas preocupadas (em relação ao que ganham, ao que gastam, ao que os outros gastam, ao que eles economizam, etc.). Ser escravo dos seus pensamentos ou comportamentos nunca é saudável, tanto emocional quanto psicologicamente. Descobrir o motivo pelo qual o dinheiro conduz a sua vida é fundamental para recuperar a sua liberdade.
5. O comprador compulsivo e o generoso doador de presentes
Fazer compras te faz feliz? Ou você é daqueles que costuma comprar presentes para os seus entes queridos sem motivo, explodindo sempre o orçamento para o Natal e para aniversários? Se respondeu sim a estas perguntas, você pode ser um doador de presentes compulsivo, que é alguém que faz compras (seja para si ou para outros) para melhorar a sua autoestima. Para algumas pessoas, esse comportamento é tão extremo que eles podem ser acumuladoras. Minha vovó, por exemplo, era uma acumuladora de calçados: ela tinha um armário inteiro cheio de sapatos que nunca tinha usado, e ela morreu sem ter a chance de usar muitos deles. Em teoria, isso poderia ser simplesmente rotulado como consumismo, mas outros motivos podem estar por trás desse comportamento:
a. Usar o dinheiro como forma de demonstrar amor e carinho: você sente que é amado quando as pessoas lhe trazem presentes inesperados? Se você responder sim a esta pergunta, você pode estar tentando mostrar aos outros o seu carinho usando um idioma que você entende (a doação de presentes). Você também pode ser o tipo de pessoa que sente que um presente é uma maneira simbólica de fazer-se presente na vida dos outros, o que é uma maneira atenciosa de agir. Mas, para algumas pessoas, o valor do presente indica o valor que a pessoa tem para o doador, o que em si pode ser um grande problema, especialmente se o saldo da sua conta bancária não permitir compras dispendiosas. Então, ou você entrará em dívida para demonstrar seu carinho pelos outros ou não se sentirá amado quando receber presentes modestos dos demais.
b. Gastar dinheiro para compensar alguma dor emocional: se você é o tipo de pessoa para quem as compras têm um efeito estimulante, você pode se enquadrar nesta categoria. Para algumas pessoas, tratar-se bem significa sair e fazer compras (grandes ou pequenas). Para outras, quando elas estão tristes ou deprimidas, elas vão para o salão fazer as unhas ou o cabelo, investindo em sua própria beleza para se sentirem mais atraentes e desejadas. E nada disso seria um problema se a melhora emocional provocada pelo gesto não fosse temporária. O problema é que uma vez que a compra é colocada em uso, ou o penteado se desfaz, a autoestima elevada também desaparece e o que fica é a dor emocional original, que terá que ser enfrentada do mesmo jeito - além de qualquer possível dívida adquirida com as compras impulsivas feitas quando você estava se sentindo mal.
c. Gastar dinheiro para compensar o vazio emocional: Aposto que você conhece alguém que gasta dinheiro quando está entediado. Eu sei, parece surreal, mas é bastante comum. Por que? Para algumas pessoas, é difícil fazer grandes mudanças na vida. Então, elas tentam compensar isso fazendo pequenas mudanças: os sapatos ou o vestido que usam todos os dias, a cor do batom, etc. Fazer compras é divertido, ninguém está negando isso, mas associar compras e entretenimento pode ser uma combinação perigosa para o seu cartão de crédito.
Qual é a maneira saudável de lidar com isso?
Dar presentes e cuidar de si mesmo não é algo negativo. Mas, como com qualquer coisa, o que importa é porque você faz isso. Em outras palavras, não é o que você está fazendo, mas porque está fazendo e se está agindo moderadamente. Os seus hábitos de compras são compatíveis com suas necessidades e com os seus recursos financeiros, ou você está indo além das suas necessidades e possibilidades, de forma impulsiva e inconsequente? Se este último for o caso, o que poderia ser um substituto saudável para este comportamento? Talvez você possa sair para se exercitar para aumentar os níveis de dopamina em seu cérebro e se sentir melhor? Ou ligar para um amigo para conversar? É sempre fácil mudar comportamentos quando os substituímos por novos. Existe alguma coisa mais saudável que você poderia estar fazendo, que irá atender às suas necessidades sem exceder suas capacidades?
Você conhece alguém com esses comportamentos? Ou conhece outros que eu não mencionei? Deixe seus comentários abaixo para que eu possa incluí-los neste ou em um futuro artigo!
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