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Márcia Fervienza

Lilith em Leão e a invasão em Brasília

Gente, que dia foi esse? Tenso! Eu, desde aqui de longe, fiquei nervosa como se estivesse presente. E, como não podia deixar de ser, fui correndo olhar pro céu para ver o que estava acontecendo. Haveria algo astrologicamente que pudesse "explicar" o que acontecia?


O perigo da Astrologia que prevê tudo em retrospectiva


Sendo conscientemente cautelosa para não cair na armadilha de ser a astróloga que prevê tudo depois que acontece, me dei conta de que algo muito importante acontecia no céu de hoje, e cuja simbologia encaixava bem com o que eu estava vendo na televisão: Lilith, a primeira mulher de Adão (que foi mitologicamente expulsa do Éden), entrava no signo de Leão.


Para quem não sabe, Lilith foi expulsa do paraíso por ter se recusado a se submeter a Adão. Com isso, ela se tornou a representação simbólica e mitológica da pária social, a mulher excluída, que usa seu poder e sua força de forma destrutiva, mas que se recusa a renunciar ao seu poder.

Claro que esse mito foi criado também a serviço da instituição do patriarcado social, com a mensagem subliminar que dizia: "olha, se você se recusar a se submeter ao homem, a sociedade vai te excluir e te punir" - afinal, todo mito vem nos informar algo sobre o nosso comportamento e conduta.


Mas o fato é que Lilith carrega essa simbologia no mapa e o signo de Leão fala, entre outras coisas, de liderança e poder.


Lilith em Leão


Temos várias leituras para esse símbolo, e as que eu publiquei em minhas redes sociais (tendenciosa e conscientemente) traziam a manifestação mais positiva do símbolo, que nos diz que não importa quem somos, somos importantes para o nosso contexto social justamente por sermos assim.


Lilith em Leão nos convida a subir no palco das nossas vidas e a brilhar, aceitando que vamos nos destacar mesmo porque somos diferentes, transgessor@as e fazemos as coisas do nosso jeito, e está tudo bem que seja assim. O fato de nos apontarem o dedo acusando-nos de transgredir não deveria ser motivo para nos silenciar.

Por outro lado, o que vemos socialmente quando Lilith entra num signo é um grupo de pessoas - geralmente minorias - se unirem para reclamar seus direitos.


Quando Lilith transitou Câncer, por exemplo, entre abril de 2022 e janeiro de 2023, vimos o direito das mulheres à opção do aborto ser eliminado pelo Supremo Tribunal Federal nos EUA e as mulheres indo pra rua reclamar seus direitos. O que elas estavam fazendo? Lutando por algo associado ao seu poder (Lilith) sobre a sua maternidade (Câncer) e que era um assunto muito conectado ao emocional delas.


Se com Lilith em Câncer tivemos a mulher tabu ou excluída assumindo seu lugar no seio da família (ou tínhamos as nossas facetas menos castas e mais indesejadas lutando para ver a luz do dia), com Lilith em Leão, temos o(a) rejeitado(a) assumindo o poder e recebendo sua coroa.


Aqui, o que alguns consideram vergonhoso é colocado sob holofotes. Mas de que forma isso é feito? Com a raiva e a revolta de quem se sente excluído e sem voz.


Lilith em Leão fala da luta por aquilo que nos deixa orgulhosos, mesmo que todos a nossa volta achem tal situação ou feito condenável.

Mas é claro que não dá para colocar só na conta de Lilith o evento de hoje.


Marte está chegando ao fim da sua retrogradação no dia 12 e isso é importante!


"Mas Márcia, retrogradação não é revisão? Que revisão é essa que leva a conflitos extremos?"


De novo, o processo de revisão implicado pela retrogradação de um planeta num signo é a sua manifestação mais positiva. Em seu viés mais negativo, o trânsito de planetas retrógrados intensificam a energia e o foco sobre as questões indicadas pelo planeta e pelo signo.


Assim, quando Netuno (por exemplo) retrograda em Peixes, podemos ter uma perda da capacidade de sonhar e/ou desilusões, porque analisamos nossos sonhos mais de perto, com olhar mais crítico. OU podemos ter a intensificação dos sonhos, das ilusões e dos delírios.


Por isso, Marte retrógrado pode (e deveria preferencialmente) falar de revisão de atitudes e iniciativas passadas, mas ele também pode falar de repressão da raiva e do ódio, com sua consequente intensificação e explosão.


Note-se que a retrogradação de Marte começou em 30 de outubro, o que significa que muita gente vem se calando (ou sentindo-se sem voz - já que Gêmeos é o signo da palavra) há quase 2 meses e meio. Não curiosamente, a explosão veio 4 dias antes do fim desta retrogradação (12 de janeiro).


Gêmeos e Leão são signos que fazem sextil entre si (ou seja, um naturalmente alimenta a energia do outro, seja essa energia boa ou ruim) e, para espanto de zero pessoas, tínhamos hoje também a Lua transitando o signo de Leão. A Lua é conhecida como um gatilho importante de trânsitos.


Se colocarmos tudo isso sobre o mapa do Brasil, temos as casas 4 e 6 ativadas. Mais especificamente, temos Marte retrógrado em conjunção a Lua natal do Brasil (a Lua representa o povo) na casa 4 (que é a casa daqueles que não estão no poder).


Isso ressoa com todo o tema de Lilith em Leão discutido até aqui!

Lilith em Leão e a invasão em Brasília | Márcia Fervienza Astrologia | Rio de Janeiro

Não será de mim que vocês vão ouvir qualquer julgamento sobre o que ocorreu, porque eu não estou aqui para tomar partido político, mas sim pra ensinar Astrologia.


Mas que é interessante olhar pro céu e encontrar os símbolos, isso sim é uma delícia!



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1 Comment

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Luciana Lins
Luciana Lins
Jan 09, 2023

Acho que a verdadeira análise deve focar nas casas que dizem respeito a DINHEIRO, porque esse terrorismo foi financiado, não foi um movimento coletivo espontâneo. Foi crime de terrorismo, e merece ser punido com rigor!

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